Carlos Faria

Carlos Faria

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Parabéns Ágata...

P arabéns pelo dia, aniversariante.
A inda tens muito caminho a percorrer,
R eencontra o melhor percurso,
A ssim será mais fácil
B rilhar.
É ntre outras coisas,
N ão te esqueças nunca de quem
S empre te apoia e gosta de ti.

Á gora que já és uma mulher
G ira e inteligente,
A garra as oportunidades.
T udo é mais escasso e difícil,
A inda assim, o lema é nunca DESISTIR!

Carlos Faria, 14.12.2009 
Bonita!
 

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Parabéns Ana Sofia...

P or ser um marco importante, sinto
A legria pelos teus 18 anos,
R azão mais do que suficiente, para que
A inda sintas que tens um longo caminho a percorrer,
B em devagar de preferência, mas inevitável.
E u, como teu Pai só tenho razões para me orgulhar…
N em sempre me compreendes, eu compreendo… é inevitável,
S ó queria que entendesses, mas tu não podes, eu vou à tua frente 30 anos.

A ssim resta-me esperar devagar devagarinho…
N o que me diz respeito, semeei e continuo a investir.
A ti, cabe-te o papel de não defraudares as expectativas; tens que trabalhar.

S onhar é importante,
O uvir é uma virtude,
F alar é sabedoria,
I maginar… não faz mal.
A mor, o que sinto por ti.


Carlos Faria, 26.11.2009
És o meu Amor!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Filhota...


Qualquer letra, palavra ou frase,
Nunca iriam caber nesta fita.
Aproveitando este espaço, escrevo
Com paixão algumas dicas para o
Teu futuro.

Tudo aquilo que hoje semeares,
Será aquilo que irás colher
Amanhã.
Cresce devagar, sabendo aproveitar
Cada momento.
Terás tempo para tudo,
Apenas terás que saber geri-lo.

O futuro ninguém o sabe prever,
Mas uma coisa deves saber,
Que hoje, faças o que fizeres,
Tens que o fazer bem.
Se o conseguires,
Qualquer que seja o rumo
Que vieres a seguir,
Terás sucesso concerteza.

Como Pai e teu amigo,
Resta-me dizer
O que a vida já me ensinou…
Terás que lutar pelos teus ideais;
E se alguma ajuda te puder dar!
Excelente para ti.

Boa sorte,
Pois tens pela frente
Mais uma etapa e bem comprida.

Beijinhos, és a minha “obra de arte” e o meu grande orgulho.


Carlos Faria, 21.05.2009
Obra de arte!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Carlos, a experiência militar...



Uma passagem da minha vida extremamente importante, foi não só os meus 18 anos com o recenseamento militar, marco importante no crescimento e afirmação e depois em 1979 com os meus 20 anos a obrigação de ir à inspecção (Penafiel) com vista o serviço militar.
Durante a minha infância e adolescência era uma das grandes preocupações e agonia da minha Mãe ao pensar que iria para o Ultramar.
 As minhas convicções nesta altura estavam bem definidas e apesar da Guerra nas Colónias Ultramarinas já ter acabado fruto da revolução de Abril quatro anos antes, sempre foi para mim um fascínio a Força Aérea nomeadamente os Pára-Quedistas.
O ingresso nas tropas especiais era uma opção individual (voluntário) como tal com o espírito que me caracterizava, aguerrido, ser diferente, ter novas experiências e novos desafios, alistei-me nos Pára-quedistas e dei mais um susto à minha querida Mãe, mas estava decidido.
O RCP - Regimento de Caçadores Pára-Quedistas, foi oficialmente inaugurado em Tancos em 1956, tendo presidido à cerimónia o Subsecretário de Estado da Aeronáutica, o Coronel Kaúlza de Arriaga, o grande impulsionador das Tropas Pára-Quedistas.
Com o fim da guerra foram extintos os vários RCP  que existiam nas colónias, Guiné, Angola e Moçambique.
A 5 de Julho 1975 é criado o Corpo de Tropas Pára-quedistas (CTP) com a seguinte composição:


Comando do Corpo de Tropas Pára-Quedistas (CCTP) – Monsanto Lisboa
Base Escola de Tropas Pára-Quedistas (BETP) – Tancos
Base Operacional de Tropas Pára-Quedistas n.º 1 - (BOTP1) - Lisboa
Base Operacional de Tropas Pára-Quedistas n.º 2 - (BOTP2) – Aveiro


Nessa mesma data é criada a Base Escola de Tropas  Pára-quedistas (BETP) com sede no antigo RCP em Tancos que é então extinto e onde sou incorporado em 14 de Setembro 1979.


Monumento aos mortos

Ao entrar na Base Escola, ninguém fica indiferente ao imponente monumento aos Pára-Quedistas mortos em combate durante a guerra colonial e que foi inaugurado em 1968, ainda durante o antigo regime.
Aliás um símbolo de culto e respeito, onde a saudação e continência eram obrigatórios. Jamais esquecerei a frase que acaba por ser o lema dos Pára-quedistas:

 “QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM”.

Sempre tive consciência das dificuldades que iria encontrar, tinha mais ou menos noção por outros colegas que por lá já tinham passado, mas tudo é diferente ao enfrentar a realidade.
Não vou negar que sofri, mas nada que a condição humana não possa aguentar ou suportar. Intensidade física muito grande e a carga psicológica altíssima.
O primeiro grande desafio foi a recruta que terminou com o juramento de bandeira a meados de Novembro (1979).
Segue-se o Curso de Pára-Quedismo, onde a condição física é mais uma vez tida como o expoente máximo a par com a componente técnica. Foi de uma dureza impressionante. Todo o curso decorreu durante um inverno rigoroso com muito frio e chuva, com treinos de dia e de noite. Hoje olho para trás 30 anos depois, sinto um grande orgulho e questiono-me até onde a resistência humana ia. A solidariedade e o espírito de grupo são preponderantes para a conquista do sucesso. Ninguém ficou para trás e todo o grupo superou. 
Saltar de um avião era já uma obsessão e ao mesmo tempo muito medo. Depois do curso de pára-quedismo ter terminado, a ansiedade do primeiro salto.
Aviocar C 212








Foi feito no dia 12 de Dezembro de 1980 no Aviocar C-212-6507, pilotado pelo Capitão Moura a uma altura de 500 metros e o local do salto – Arripiado.



1º Salto de Pára-quedas

 




Durante o resto da semana seguiram-se os restantes cinco saltos, todos eles efectuados num avião quadrimotor C 130. Imaginem a euforia e o regozijo, indiscritível! 



Saída de salto -  C 130

Boina Verde

Todo o esforço desde a minha entrada até 19 de Dezembro de 1980, foi recompensado pela conquista da minha Boina Verde.

Sou transferido a 22 Dezembro de 1980 para São Jacinto para a BOTP2 – Base Operacional Tropas Pára-quedistas.
Aprendi a lidar com as injustiças, e percebi que nem sempre os mais fortes vencem, a astúcia, a audácia e perspicácia são bons ingredientes para a vitória. 





A permanência durante um ano em São Jacinto foi o culminar da vivência e convívio militar.  Todos os anos havia um exercício militar em cooperação com os espanhóis, essa Operação chamava-se "Júpiter" e pretendia por em prática uma simulação de guerra e todo o teatro operacional. Embarquei em Julho de 1980 na Base militar de Cortegaça e num avião C 130 Espanhol. O destino foi Mértola.

Embarque para exercício

Numa situação real de guerra o apoio das tropas pára-quedistas, faz-se através de saltos operacionais, com alturas aproximadas de 300m e com todo o equipamento necessário à operação: Pára-quedas mais o de reserva, Arma automática Galil, Cantil, Mochila com tenda, cobertor e capa, pá etc.
Neste tipo de salto o avião pratica um tipo de voo chamado rasante e a baixa altitude, tentando não ser captado pelos radares. Os ultimos minutos 10 a 15, antes da saída, todos os pára-quedistas em pé, enganchados com as duas portas abertas e aguardando o sinal verde de largada. 



Operação Júpiter - Mértola
Foi o pior salto que tive, pois na abordagem visual o chão parecia palha (seara) à partida seria um bom local, mas a realidade foi muito diferente. O reflexo do sol enganou-me e o chão eram sucalcos de terra calcinada pelo calor e parecia pedra. A chegada ao solo foi um pouco atabalhoada e fiz uma entorse.

Experiência fantástica e um cenário incrivel, apesar das populações estarem ao correr da Operação muitos foram apanhados de surpresa, principalmente nos ataques nocturnos onde o fogo com balas de salva criou algum pânico na aldeia...









Farda de Inverno
Farda de Verão



Ensinamentos militares mas que se adaptam muito bem à nossa vida “treino difícil, combate fácil”, quero com isto dizer que em qualquer circunstância da nossa vida pessoal ou profissional, quanto mais bem preparados estivermos mais facilmente enfrentamos problemas, desafios ou até mesmo alcançar os nossos objectivos.






Camuflado
Resisti e dei o meu melhor, cumpri o meu dever patriótico e fiz aquilo que gostei e devo confessar que me sinto orgulhoso do meu percurso militar. Passei à disponibilidade a 01 de Janeiro 1982.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Carlos, infância...



5 anos, Albarraque -
Contar um episódio que marcou a minha Mãe: Era eu um rapazinho pequenino teria aproximadamente 5 anos, sem nunca ter saído sózinho sem a companhia dos meus Pais, quando a convite dos Padrinhos de casamento, fui passar uns dias a Lisboa, mais precisamente a Albarraque. Não foi muito tempo, mas quando regressei, não me perguntem, tratei a minha mãe por tia! A minha Mãe ficou estupefacta, sem palavras para dizer e ali mesmo disse; meu rico filho nunca mais te deixo sair sem mim!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Carlos, a minha origem

 Alcains, nome de origem árabe – Al kanisa – que quer dizer “Igreja cristã” freguesia do Concelho de Castelo Branco, pertencente à região da Beira Baixa. Uma aldeia com vestígios neolíticos e influência romana. Durante muitos anos considerada a maior aldeia de Portugal antes de ser elevada a vila a 12 de Novembro de 1971 pelo Decreto nº 495/71. Do anonimato, viria anos mais tarde a ser muito referenciada através da personalidade mais famosa desta Vila, que foi o General Ramalho Eanes, Presidente da República Portuguesa entre 1976 e 1986.
De acordo com os indicadores (Censos 2001) tem uma área aproximadamente de 37km2, com uma população residente de 4929 habitantes, sendo a densidade populacional de 133 hab/km2.
Geograficamente situa-se a cerca de 12 km da sua sede de Concelho, Castelo Branco, a 215 km a Nordeste de Lisboa, 280 km a Sudoeste do Porto. Fica a 25 km da fronteira de Espanha.
Decorria o ano de 1959, um belo domingo, o décimo dia do mês de Maio (mês de Maria) e do Largo de Sto. António, ouve-se o sino da igreja que ecoa pela casa e a Mª José (Avó)exclama “Maria é meio-dia!”. Nesse preciso momento com a ajuda da Parteira Belarmina e com um choro vigoroso nasci - Carlos José Faria Martins.
O nervosismo do pai era evidente, como tal e porque os homens nunca assistiam ao nascimento dos filhos ausentou-se até ao barbeiro.