Carlos Faria

Carlos Faria

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Natureza

Escolho os caminhos 
Que percorro 
Sem muitas vezes imaginar 
O que posso descobrir.
Desde o chilrear dos pássaros 
Que conseguem abafar
O som dos meus fones 
E que acabo por os desligar
Para poder apreciar uma 
Melodia sem igual.
Também o cheiro aromático 
Da vegetação 
Com árvores de alto porte 
E copas cerradas
Que tapam o sol 
Até sentir uma certa frescura
Que contrasta com o calor
Que me invade ...
E quando do nada 
Vislumbras umas ruínas 
Soberbas que se aguentam 
Com o passar dos anos 
Que mantêm uma traça 
Que não dá para esconder!
Seriam sem dúvidas 
Palácios de gente nobre 
Com as suas histórias 
Dignas da realeza.
Ali jazem escondidas 
Na expetativa
Que alguém lhes dê vida 
Ou talvez não e
Ruínas continuarão.
E continuo o meu
Caminho pensando rápido 
Como teriam sido os outros 
Tempos!
Mas não tenho muito 
Tempo 
Para me perder no passado!
A natureza 
Convida-me a parar 
E a escutar 
O silêncio de uma 
Queda de água 
Que teimosamente 
Vai descendo 
Vinda não sei de onde 
Mas que acaba 
Por perder o seu 
Brilho 
Quando se afoga 
No abraço que o
Rio Douro lhe dá!
Demoro alguns 
Minutos a contemplar
Esta beleza virgem
E retomo o andamento...
Sempre na expectativa 
De mais alguma surpresa
E não demorou muito!
Para meu espanto 
E meio escondido 
Entre uma pequena
Encosta e a margem do Douro
De onde se avista 
O Palácio do Freixo,
Eis que surge o
Vinha boutique Hotel  ☆☆☆☆☆
Com vista espetacularmente bela!
E num percurso de ida e volta 
Aproximadamente de 12 km,
Com partida no Cais de Quebrantões
Até ao fim do percurso em Avintes, Com a companhia do Rio Douro e as 
4 pontes que consigo visualizar.
Foi o meu caminho 
Eu e a natureza 
Que me acompanha...

05.04.2021
Carlos Faria Martins 
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