Carlos Faria

Carlos Faria

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Aguarela de uma vida...

Tu és a tela,
Eu sou aquele que pincela
Leio e interpreto o teu sorriso
Mas para mim nem é preciso...

Viraste aguarela
Enquanto pincelava
Expressiva e com muita cor
Esta tela
Que amor me dava
E muito calor.

Amei
Quando te idealizei
Sofri
Quando te construí

Acalmei
Quando terminei,
Contemplei
Sorri e chorei...
Fui eu que te criei,
Carlos assinei

Estás onde querias,
Visível!
Inerte mas sensível,
Mas era isso que querias!

Pintei de improviso
O rosto
Que não esqueci.
Mas quase me perdi
Quando contigo quis falar...
Pintei até acabar.

Soberba e tão real
No cavalete vais ficar
Vender não consigo, mas talvez dar!
És minha! Ninguém vai levar a mal...

Carlos Faria, 20.01.2017

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